Filipe de Fiúza participa em debate sobre «Cultura e Crise»
Consensualizou-se que há realidades diversas e registos diferenciados que importa conhecer e reconhecer, apostando na democracia cultural e reflectindo sobre os números da cultura, tendo por pano de fundo recentes relatórios que espelham o facto de em Portugal 2,8% do PIB ser originado nas indústrias criativas empregando mais de 127 mil activos.
Patologias como a disseminação dos agentes culturais, a falta de espaços com infra-estruturas, programadores culturais que criem cultura e não se limitem a reproduzi-la, o reconhecimento das vantagens criativas de Sintra e a necessidade de fixar e auscultar públicos foram temas trazidos para a mesa, reconhecendo-se que muito há ainda a fazer, em prol dum cluster-âncora identitário, contrariando o fatalismo da Geração Deolinda.
Cultura produtiva ou cultura reprodutiva? Agentes culturais passivos ou interventivos? Que papel para os agentes culturais na tomada das decisões para melhor desempenharem o papel de parceiros e não de dependentes? Estes e outros temas foram abordados, na óptica de que o diálogo permanente e que questione e não se limite a reproduzir o rosário das carências é necessário, ouvir as vozes no processo de empowerment, em prol da maturidade construtiva e organizada. Outros encontros se seguirão em breve, visando assentar baterias num objectivo estratégico e prático que concretize Sintra como cidade criativa e inteligente e os seus actores culturais como agentes de mudança, inovação e valor acrescentado, pessoal e colectivo.
Cortesia de Associação Cultural Alagamares