Doze Provas da Inexistência de Deus

17:09 Filipe de Fiuza 0 Comments






EXCERTO DA OBRA
«Sexto argumento: DEUS NÃO CRIOU SEM MOTIVO; MAS É IMPOSSÍVEL ENCONTRAR UM ÚNICO MOTIVO QUE O LEVASSE A CRIAR.»

«De qualquer forma que se pretenda examiná-la, a criação é inexplicável, enigmática, falha de sentido. 

Há uma coisa que salta à vista de todos: se Deus criou, é impossível admitir que ele tenha realizado este acto grandioso - cujas consequências deviam ser fatalmente proporcionais ao próprio acto, e, por conseguinte, incalculáveis - sem que fosse determinado por uma razão de primeira ordem. 


Pois muito bem. Qual foi essa razão? Por que motivo tomou Deus a resolução de criar? Que motivo o impeliria a isso? Qual seria o seu intuito? Que ideia o perseguiria? Que fim prosseguiria ele? 
Multiplicai, nesta ordem de ideias, as perguntas, gravitai, conforme quiserdes, em torno deste problema, examinai-o em todos os seus aspectos e em todos os sentidos, e eu desafio seja quem for a que o resolva noutro sentido que não seja o das incoerências ou das subtilezas.


Por exemplo: eis uma criança educada na religião cristã. O seu catecismo afirma-lhe, e os seus mestres confirmam, que foi Deus que a criou e que a colocou no mundo. Suponhamos que a criança faz a si própria esta pergunta: - «Porque é que Deus me criou e me lançou no mundo?» - e que quer obter uma resposta judiciosa, racional. Nunca a obterá.


Suponhamos ainda que a criança, confiando na experiência e no saber dos seus educadores, persuadida do carácter sagrado de que eles - padres ou pastores - estão revestidos, possuindo luzes especiais e graças particulares; convencida de que, pela sua santidade, estão mais próximos de Deus e, portanto, melhor iniciados que elas nas verdades reveladas; suponhamos que esta criança tem a curiosidade de perguntar aos seus mestres PORQUE E PARA QUÊ Deus a criou e a pôs no mundo, e eu afirmo que os mestres são incapazes de contestar a esta simples interrogação com uma resposta plausível, sensata.»


pág. 24, 25.