A Nua Beleza Antes de Deus :: escrita quântica

 



Sintra, 2021
ISBN: 978-989-9038-02-8
Depósito Legal: 478803/21
Obra em 60 páginas, prosa-poética.

EXCERTO:


64 ◊ 21
Nascido do invisível em nós, desejo de vestígio,
iluminação que incendeia o corpo. Somos um
imenso fogo divino, procuramos na esperança
vestigial o Deus. Nesta nudez de carne e ossos,
dentro deste bloco, meio-pedra meio-parede, somos
vestigíos do tudo-belo, do tudo-imenso, do tudo-sempre.
Aquilo que desejo, como fogo lento, como
esperança invisível, é o que resta das pedras, do meu
corpo e do teu, é o resta do incêndio, é o resta de
hoje: a nua beleza antes de Deus.

Infância Universal :: livro de poesia





Infância Universal, livro de poesia, 36 pág.
ISBN: 978-989-54694-7-5
Depósito Legal: 469736/20

excerto:

(...)
se és um
deus viaja comigo a cada passo,
multiplica-te, imagina-te
morrer e salva-me de morrer,
sê total, sê infinito
dá mais luz à luz e
alimenta as estrelas como se
fossem as flores do grandioso
jardim da infância universal,
vive o momento da ignorância
invisível, vive a morte
que resta da escuridão,
no meu bolso está a chave,
a criança puxa a minha
mão, ser criança é uma
obra de arte que passa,
nós próprios gritamos, mas a
morte é bela, abrir o álbum
de fotografias é entrar na
memória da viagem, neste
palco do universo, somos o
alimento da morte, hás-de
alimentar a morte, hás-de
morrer ignorante, reencontrarás
em ti a chave de cristal,
(...)

Filipe de Fiúza, Maio 2020

79 Solidões: novo ensaio poético-filosófico



ISBN: 978-989-54694-5-1
Depósito Legal: 468535/20

«O que tu sentes não é amor é infinito.», pág. 87.


71

Claridade infinita, é a certeza que sinto, querer
sonhar nessa claridade, o amor divino que o sonho
é na vastidão finita do homem. A viagem, o céu, a
chave que abre e relança o destino nas esferas, o
mito da existência perfeita em um mundo visitável –
este mundo é como viver numa redoma mágica e
absurda – bilhete temporal, para ser sincero, o
cosmos é uma mentira. Viajar? O que viaja é o
pensamento. Amar? O que ama é o infinito em nós
e nós perdemos o amor nesta nossa aparente
finitude mundana. O que tu sentes não é amor é
infinito. Abrir a existência ao céu dos sonhos, à
mentira que nos visita nesta redoma patética – ida e
volta. 2013.05.09

Áster - Versus Deus



ISBN: 978-989-54694-4-4
Depósito Legal: 467322/20



Poema Inaugural:

Ninguém dirá quem sou
Existo-vos no silêncio
Da grande verdade
Ninguém dirá quem sou
Nasço-vos da sequela
Que nutre da luz
Ninguém dirá quem sou
Tenho-vos adormecidos
No sono do mistério
Ninguém dirá quem sou
Sou-vos do eterno devir
A alma em vós a sonhar
Oh, ninguém dirá ninguém
Enquanto não acordar
Do ser que é quem sou,
Quem sou dirá ninguém.


possible translation by the author:

Nobody will say who I am
I exist in the silence
Of the great truth
Nobody will say who I am
I am born from the sequel
That nourishes from the light
Nobody will say who I am
I have you asleep
In the sleep of mystery
Nobody will say who I am
I am yours eternal becoming
The soul in you dreaming
Oh, no one will say no one
Until wakes up
From the being who is me
Who I am will say no one.