«Escrevo arte, não escrevo livros.»
O sublimidade da criação, produzida e imanada do espírito humano, é um acto solitário de indivíduo em indíviduo. Escrever um livro não é o mesmo do que escrever arte porque o sentido íntimo das palavras dessa arte reflectem e revelam uma essência vital intransmissível e unicamente codificada em si. Escrevo arte, não escrevo livros, porque cada livro é uma obra irrepetível de sentido irreversível, a arte em si pelos conjuntos de palavras que o livro perfaz e pelo carácter associativo que estas fazem definir a energia criativa que em mim existe. Cada palavra que escrevo é uma nota musical, uma pincelada, um passo de dança, uma frase encenada, um instante cinematográfico.
Filipe de Fiúza
Fotografia de Fernando Dinis